Aspectos Psicológicos dos Estomizados

Estoma é um termo de origem grega que significa boca ou abertura cirúrgica com o objetivo de desviar temporária ou permanentemente um segmento do transito intestinal através de eliminação do conteúdo fecal em uma bolsa coletora aderida ao abdome; esse procedimento se faz necessário para controlar alguma patologia intestinal ou ainda traumas e acidentes; porém, não apenas mudanças físicas ocorrem, na pratica clinica observamos manifestações de fatores emocionais após a confecção de um estoma e um impacto em diversos aspectos da vida das pessoas, envolvendo não apenas alteração física visível, mas também mudanças significativas na autoimagem podendo causar conflitos internos que podem interferir nas relações com o mundo externo, algumas pessoas podem apresentar sentimentos negativos e desvalorização de si mesmo, ficarem abaladas, com maior dificuldade de adaptação ao dispositivo, prejuízos em integrar segurança e autonomia e assim isolando e privando de ter uma vida normal.

O impacto emocional repercute também na sexualidade, é comum pessoas portadores de estomia apresentarem rebaixamento de satisfação consigo mesmo e sentirem-se menos sensuais, com vergonha e medo de rejeição do(a) parceiro(a), receio de odores desagradáveis, ou da bolsa estourar, no entanto, a sexualidade aqui entendida como uma relação complexa que compõe significados e simbolização do desejo e não apenas do prazer fisiológico, mas principalmente da percepção do próprio corpo, dos valores afetivos e sexuais , neste sentido, sexualidade não significa simplesmente um coito ou orgasmo, mas sim energia do contato consigo mesmo e com outro, propiciando através deste encontro, prazer e intimidade da relação, influenciando sentimentos, pensamentos e afetando sincronicamente a vida física e mental. Geralmente, casais que mantinham uma relação afetiva e sexual estável antes da cirurgia não manifestam desestruturação, mas sim fortalecimento do vinculo de apoio, o contrario também ocorre quando o casal já vinha em relacionamento conjugal conflituoso o impacto de uma estomia pode ser maximizado e resultante até de separação, porém a estomia certamente não será a causa, mas a gota d’água de uma relação que já estava frágil ou falida, sem suporte de amor e tolerância.Aspectos psicológicos do paciente estomizado

Estoma é um termo de origem grega que significa boca ou abertura cirúrgica com o objetivo de desviar temporária ou permanentemente um segmento do transito intestinal através de eliminação do conteúdo fecal em uma bolsa coletora aderida ao abdome; esse procedimento se faz necessário para controlar alguma patologia intestinal ou ainda traumas e acidentes; porém, não apenas mudanças físicas ocorrem, na pratica clinica observamos manifestações de fatores emocionais após a confecção de um estoma e um impacto em diversos aspectos da vida das pessoas, envolvendo não apenas alteração física visível, mas também mudanças significativas na autoimagem podendo causar conflitos internos que podem interferir nas relações com o mundo externo, algumas pessoas podem apresentar sentimentos negativos e desvalorização de si mesmo, ficarem abaladas, com maior dificuldade de adaptação ao dispositivo, prejuízos em integrar segurança e autonomia e assim isolando e privando de ter uma vida normal.

O impacto emocional repercute também na sexualidade, é comum pessoas portadores de estomia apresentarem rebaixamento de satisfação consigo mesmo e sentirem-se menos sensuais, com vergonha e medo de rejeição do(a) parceiro(a), receio de odores desagradáveis, ou da bolsa estourar, no entanto, a sexualidade aqui entendida como uma relação complexa que compõe significados e simbolização do desejo e não apenas do prazer fisiológico, mas principalmente da percepção do próprio corpo, dos valores afetivos e sexuais , neste sentido, sexualidade não significa simplesmente um coito ou orgasmo, mas sim energia do contato consigo mesmo e com outro, propiciando através deste encontro, prazer e intimidade da relação, influenciando sentimentos, pensamentos e afetando sincronicamente a vida física e mental. Geralmente, casais que mantinham uma relação afetiva e sexual estável antes da cirurgia não manifestam desestruturação, mas sim fortalecimento do vinculo de apoio, o contrario também ocorre quando o casal já vinha em relacionamento conjugal conflituoso o impacto de uma estomia pode ser maximizado e resultante até de separação, porém a estomia certamente não será a causa, mas a gota d’água de uma relação que já estava frágil ou falida, sem suporte de amor e tolerância.

Ao longo da vida construímos uma imagem de nós mesmos, nosso corpo ajustado aos valores, costumes e ambiente em que vivemos representa como estamos situados no mundo, algumas pessoas que passaram por mudanças na autoimagem corporal e autoconceito se sentem diferentes e excluídas, e como forma de proteção a essa insegurança de exposição passam a se isolar ainda mais aumentando o ciclo e dificuldade de relacionamentos e convívio social saudável.

Observamos que o restabelecimento ocorrerá após o processo semelhante ao luto comparado as dificuldades emocionais referentes à perda da autoimagem corporal, assim é comum o comportamento de negarem a estomia com resistência em olhar e trocar a própria bolsa, uma fase posterior é a tentativa de barganhas e promessas para voltar tudo como era antes, também muito comum o aparecimento de revolta com o questionamento (porquê logo comigo?), sucedendo um período de depressão, porém, a adaptação ocorrerá após a fase de aceitação e enfrentamento pratico da situação, assim, o autocuidado propiciará uma retomada da autonomia e independência.

No entanto, alguns pacientes são mais resilientes e convivem mais facilmente a essas mudanças sem grandes impactos, e, passado a aceitação e período de adaptação a maioria dos portadores podem e devem ter uma vida normal, mesmo porquê esse foi o propósito da confecção de uma estomia, controlar o problema de saúde e viver plenamente com os mesmos prazeres de antes, se disponibilizando a aprender e adaptar-se a nova forma de higienização e recursos que o dispositivo oferecem de segurança e discrição, adequando roupas ao seu estilo pessoal e permitindo o retorno as atividades profissionais e de lazer.

De modo geral, o tempo será um grande aliado à busca de bem estar, e sem duvida, o suporte e orientações da equipe de saúde, bem como o apoio dos vínculos afetivos, conjugal e familiar será fundamental para a retomada da qualidade de vida.

Ao longo da vida construímos uma imagem de nós mesmos, nosso corpo ajustado aos valores, costumes e ambiente em que vivemos representa como estamos situados no mundo, algumas pessoas que passaram por mudanças na autoimagem corporal e autoconceito se sentem diferentes e excluídas, e como forma de proteção a essa insegurança de exposição passam a se isolar ainda mais aumentando o ciclo e dificuldade de relacionamentos e convívio social saudável. Observamos que o restabelecimento ocorrerá após o processo semelhante ao luto comparado as dificuldades emocionais referentes à perda da autoimagem corporal, assim é comum o comportamento de negarem a estomia com resistência em olhar e trocar a própria bolsa, uma fase posterior é a tentativa de barganhas e promessas para voltar tudo como era antes, também muito comum o aparecimento de revolta com o questionamento (porquê logo comigo?), sucedendo um período de depressão, porém, a adaptação ocorrerá após a fase de aceitação e enfrentamento pratico da situação, assim, o autocuidado propiciará uma retomada da autonomia e independência. No entanto, alguns pacientes são mais resilientes e convivem mais facilmente a essas mudanças sem grandes impactos, e, passado a aceitação e período de adaptação a maioria dos portadores podem e devem ter uma vida normal, mesmo porquê esse foi o propósito da confecção de uma estomia, controlar o problema de saúde e viver plenamente com os mesmos prazeres de antes, se disponibilizando a aprender e adaptar-se a nova forma de higienização e recursos que o dispositivo oferecem de segurança e discrição, adequando roupas ao seu estilo pessoal e permitindo o retorno as atividades profissionais e de lazer. De modo geral, o tempo será um grande aliado à busca de bem estar, e sem duvida, o suporte e orientações da equipe de saúde, bem como o apoio dos vínculos afetivos, conjugal e familiar será fundamental para a retomada da qualidade de vida.

Cleide Rodrigues
Psicóloga | CRP 06/45987

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