Você conhece esta doença? Colite microscópica é caracterizada pela presença de diarreia aquosa crônica, sem sangue, a qual acomete principalmente pacientes entre 50 a 70 anos de idade e que apresentam colonoscopia normal, sem lesões aparentes, porém com alterações histológicas típicas através das biópsias.
Divide-se a colite microscópica em colite linfocítica e colite colágena, dependendo das alterações celulares encontradas nas biopsias.
As causas exatas da colite microscópica ainda não são conhecidas, mas várias teorias são discutidas na literatura. Alguns pesquisadores acreditam que a doença pode estar relacionada com o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, utilizados principalmente nas doenças articulares. Outros acreditam que a doença pode ter relação com infecções, fatores imunológicos, má absorção dos ácidos biliares, predisposição genética e alterações no metabolismo do colágeno.
Poucos estudos fornecem informações sobre a incidência e prevalência da colite microscópica. Sabe-se que existe um predomínio do sexo feminino.
A diarreia aquosa, às vezes de caráter noturno, é o sintoma mais comum. Pode iniciar repentinamente e simular uma infecção intestinal. Outras queixas comuns são: perda de peso, dor abdominal, náuseas e flatulência.
O diagnóstico da doença é estabelecido pela investigação clínica e uma combinação com os achados histológicos de uma colonoscopia aparentemente normal, isto é, normal aos olhos do médico endoscopista examinador, porém, as biopsias da mucosa apresentam anormalidades celulares compatíveis com a colite colágena ou linfocítica.
É sempre importante fazer o diagnóstico diferencial com a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa em fase de remissão, assim como a síndrome do intestino irritável.
O tratamento da doença é empírico, e visa induzir a remissão clínica e melhorar ou normalizar a qualidade de vida. Não existe um medicamento específico para a cura da doença, porém alguns medicamentos conseguem controlar os sintomas com resultados satisfatórios.